Joanina

ela caminhava pela rua com o seu guarda-chuvas.
(Nao havia chuva para se guardar; apenas o gozo de se cubrir com beleza.)
perguntei-lhe ao pai se podia lhes tirar uma fotgrafia. Ele diz-me que nao, que só a ela.
(Ele é muito alto, preto, e nao fala bem portugues.)
Ela obedeciu e se parou no meio da calçada, sem soltar à Joanina. Nao quis sorrir, mas pediu para lhe mostrar como tinha ficado. Aceitou o resultado.
(Agora que a tenho no meu pc lembrei-me que já estavam, pae e filha, no album da minha cabeça. Ele saiu de manha pela porta fendida dum predio abandonado na avenida Boavista. Ela caminhava trás dele. Quando ele reparou, pegou no colo, e levou-a para casa, para a porta fendida
dum predio abandonado
da vistaBoa avenida)